segunda-feira, 24 de agosto de 2009

"A remela no olho é o primeiro sinal da minha podridão. Quando durmo, tudo que de mim exala, tudo que se esconde e que escondo no esconderijo meu transborda do corpo e pede arrego. Procura um novo espaço pra que possa sair. Uma saída. Um vão que se abre e não se fecha. É quando expulso tudo que fede, tudo que pede e não pode. Os poros se abrem, a natureza elimina, esvazio, então, do corpo toda vontade reprimida, tudo o que é sujo vem à tona. Livro-me do excremento meu. Minto que estou limpo e torno a dormir."


( Trecho do curta "O Sinal". Roteiro Bruno de Sousa)

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