quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Ah!

Ah! O Quereres... assim singular.
Tantos que já nem sei.
E se a cabeça não para...
Prefiro ficar no desalinho.
Ah! novelo estertor de mim
Ah! protuberância mórbida do querer.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Ânsia...

A ansiedade é como uma mochila que trago. Acabo usando sempre. Carrego como um órgão. Abro pra pegar algo, fecho quando já peguei, guardo coisas lá dentro, escondo outras no bolso, costuro quando rasga nos ombros, fecho o ziper quando saio de casa. Essa ansiedade que se escora em meus fardos, que me redime da culpa, que visita meus sentidos, que carrego como cruz e por vezes chicoteio a pele sangrada, moída, calejada. Essa ansiedade que transpasso entre os braços feito pêndulo em minhas costas. Esse calor incandescente que fulmina minha nuca, que se espalha em meus poros, que arrasto como amuleto. Ansiedade minha. Do desejo da sorte, do convite ao açoite, da reza que grita em mim, da sina algoz sem fim. A ansiedade é como uma mochila que trago. Presa no corpo, na roupa, no osso.