domingo, 28 de março de 2010

Cabe(eu)ça!

Cara
Minha
Cara
Olha
Calma
Mira
Cala
Ora
Casa
Mia
Canta
Chora
Cava
Cria
Cuida
E Mora.
C-A-R-A-M-I-N-H-O-L-A!

terça-feira, 23 de março de 2010

Jogo de " vida-game ".


A vida vive nos testando o tempo inteiro ( parece até gente!). É  incrível.
As vezes tenho a impressão de que estamos numa interminável prova de games, sei lá. A sensação que dá é que sempre existe um  exercício valendo ponto, um adversário contra você ou 5 opções pra você marcar um "x" e fechar o gabarito. É prova o tempo todo. Quando não é para conseguir algo, um prêmio, uma recompensa, um reconhecimento, é um desafio contra si mesmo cujo as regras nem sempre são as suas. Uma rivalidade incoerente com suas táticas de jogo, digamos assim.A gente se prepara, trabalha a humildade, investe no esforço, reza e ,quando o apito toca, corremos desesperados na ânsia do sino não bater.O problema não é se testar, não é realizar a provação. A grande questão, quiçá frustração é perceber o quanto doloroso é viver testado , julgado, sem o mínimo parâmetro da veracidade de suas respostas. Fazer a prova sem saber a nota, sem ter retorno, mesmo que seja um "zero" pra repetir de ano.
Outra didática da vida, a meu ver, nada pedagógica seria a obviedade dos "testes" por nós conquistados: ou vence ou perde. Simples assim. Se você não acerta e o que é pior, se você não agrada sua média cai. Na vida nem sempre temos direito à recuperação.É essa a impressão que fica. É como se o livre arbítrio fosse teoria, sabe? Como se o jogo que disputamos perdesse a valia, o espírito esportista. Falo isso do ponto de vista de um velho aluno da arte de se confrontar com o Boletim da vida.

obs: Eu gosto de prova. O que me cansa são as matérias.

quinta-feira, 18 de março de 2010

"Eu vi a noite namorar"

Um azul negro... Com pontos de cristais
Quase uma colcha de retalhos.
Cinzidos por lençois brancos, de um algodão macio,
de um véu cortado em faces e sons.
O som da mais bela melodia:
Acordes de ondas e abraço entre brisas.
O cheiro do vento em sombra e sal.
O barulinho da areia junto à costa.
A rede alva, clara, espumosa, beirando o convite.

Um céu molhado em som.
Um mar de estrelas em luz.

Essa é a noite que namora a maré.
Eu pude ver escondido de mim.
Deitado na grama, vidrado no tom.
Um cenário de amor sereno. Sereno.
Um céu espelhando ondas apaixonadas.
O retrato pintado ali na minha frente.
O beijo longo dos dois.
Lá no infinito.
Um horizonte que só se vê quando o
sol aparece.
E tudo começa de novo, outra vez.

domingo, 14 de março de 2010

"Eu sou canção"

A cada passo um compasso
A cada rota uma nota. Que anota e solta a canção que brota
A cada dia um som
Em cada momento um tom
Um choro
Um gozo
Um rir
Um sentir
Sentir as canções que convergem ao meu âmago
Baladas que embalam meu eu... breu...
No breu da melodia melosa que mesmo no silêncio toca
A história é contada. Cantada. A cada nota que vai e que volta

Os sons percorrem por dentro
Ecoam no centro e logo emergem pra fora, ao vento
Ou fica ninando o meu momento
No meu pranto eu canto o conto da hora
No meu canto eu ponho tudo pra fora
E planto uma nova canção que logo vai embora

A cada nota morta ...a vida se renova...
 o som se esvai... a noite cai...
E novamente da alma o ritmo se forma
E transborda na boca uma nova nota que voa
O instrumento... o  violão... o acalanto... o rouxinol...
A cantiga... a música... o assovio na ponta da língua...

Se a canção sou eu...
Eu continuo a vibrar... e cantar...e compor...
A linda história de amor que sou!

(Poema antigo. Resolvi tirar da gaveta. 2007)

sábado, 13 de março de 2010

Terra de mim.

Ai de mim..
Quantos quereres..
Quereres tantos...
Quereres tortos...
Quereres outros...

Ai de mim
Fase a fase
Face a face
Cara a cara comigo.
Perigo.

Ai de mim.
As vezes sou grego,
Ora tebano,
As vezes marciano.

Ai de mim...
 Deuses e infortúnio...
Guerra do eu...
Olimpo e Zeus.

Ai de mim...
Ai de amor.
M de fim.
Terra de mim.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Reticências.

Acredito em ciência...
Vírgula.
Acredito na essência...
A razão sempre me doma.
As vezes sou o leão e ela o chicote.
O sentimento me liberta.
As vezes sou um pássaro e ele a gaiola aberta.
Nessa dualidade vou me afogando.
Se sou consciência...
Se mordo a paciência...
Se te faço confidências...
É por que sou réu e culpado...
Com licença...
Reticências.