domingo, 30 de agosto de 2009

Um..dois..três... e???

Durante semanas vivi um quase.
Tudo chegava à beira.
Chegava no segundo que divide a vontade do prazer.
O quase tudo, o quase nada.
Do ímpeto, transfigurava em torpor.
Do desejo, um quase calado
... um quase contido.
Mas sempre ali, na linha tênue do sim e do não.
Um talvez.
Acontece que tudo acabou.
O quase aconteceu.
Uma vez, nada mais. É o início.
Tudo começa de novo
O quase agora é outro.
Agora desabafado, sublime e entregue.
Definitivamente descobri que sou um homem de quases
E meu consolo é saber que eles sempre são superados.
Por isso pulei do muro.
Quase desisti mas você me deu coragem.
Agora é tudo ou nada. Será?
Quase.

Um comentário:

  1. Se lhe serve de consolo (e espero que não sirva), o quase também me aflige, me repugna e ao mesmo tempo, abraça. Gostaria de ter coragem, pagar pra ver e dar a cara para bater... Mas tenho medo do tapa. Tenho o “quase” como um vício que, embora às vezes o vença, sempre caio em recaída. O “quase” é minha zona de conforto. E não é nada confortável.
    ObS: Veríssimo escreveu um texto muito melhor que o meu, chamado “O quase”, olha o link: http://ilove.terra.com.br/lili/PALAVRASESENTIMENTOS/quase.asp

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