domingo, 23 de agosto de 2009

Eu vi... Aí escrevi... Crítica? Acho que impressões...

Fui arrebatado.
Um domingo que ,à principio, seria mais um dia de marasmo e

ócio, nada mais se tornou que uma "maquina" turbulenta, de

puro exercício emocional. Arrebatamento.

Tudo estava parado, calmo como de costume. Rotina. Domingo.

Até que de súbito um convite me veio à tona. Era o presságio.

A hora do turbilhão se vingar... Por dentro me senti tocado,

sentido, reflexivo. Acho que meu coração pensou. É possivel?

Ao passo que foi. Ao acaso. Ali, sentado. À beira de um precipício.

No alto dakele lugar, onde no fim, no centro daquele espaço, irradiou em mim

uma estória casual. Um caso. Um casal.

Voltei no tempo, nos tempos, e me peguei no hoje. Como as relações são frágeis.

Como o homem é mesquinho. Como ele é cruel. E como ele é vítima também.

Se o homem é uma maquina, é óbvio que ela é falha. Ela trabalha mas ela para.

E realmente parou... Ali, diante dos meus olhos. Da minha respiração que acompanhava cada

palavra dita. Cada gesto afetuoso. Cada grito eufórico. De Zé, de Nina, de tantos outros, Franciscos,

Madalenas, Fernandos ou Marias desse mundo afora. Os "eus" e "eles" absurdos e humanos. Ali

diante dos meus olhos. Do susto. Real. Realista. Quase surreal. Um texto. Um impasse. Uma arte.

Plínio me arrebatou. O senhor diretor mexeu nas minhas vísceras. Os atores me convenceram.

Me fez passear nos anos 68, 78, 88.. 2008 e outros que ainda hão de vir.

Quando as maquinas param... me parou!

Ali, inerte. Entre o gozo do riso e o choro engasgado na garganta.

Fui arrebatado!



16/08/09 ( Peça "Quando as máquinas param" -  Teatro Martim Gonçalves)

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