terça-feira, 29 de dezembro de 2009

"Patente"

Resolvi inventar um texto novo pois até as palavras já existentes escapam a descrição do que sinto.
Resolvi ser inédito ao tentar reformular sentidos que lhe cobrem. Resolvi quebrar paradigmas, romper sinais e ser único. Ser um. Não. Sermos dois. Ser pleno assim... Sem esse clichê de: "sermos um só". Ah! To cansado desse lugar comum, desse jeito universal deveras duvidoso. Prefiro ditar a minha moda.
Chega de "eu te amo!"
Basta de "estou apaixonado!"
Não ao "não paro de pensar em você!"
As vezes esse bordões me enojam. Se duvidar até inimigo diz. Todos usam. Todos surram.
Usam pra tudo: qualquer sentimentozinho, qualquer aventura.
Não sei.
Tenho a impressão enjuada desses assuntos.
É. Radical.
Tem dias que é bom estar assim.
Está tudo banalizado, vagabundo.
Até as palavras estão.
Sim.
Usa-se "eu te amo" pra tudo.
Mentem e dizem "meu amor".
Traem e culpam a "paixão".
Matam porque o "amor" acabou.
E então eu uso tais palavras assim? Já prostitutas? Já traídas?
As denotações andam às avessas.
Nem os vebos são bem conjugados nem os sujeitos precedem fins.
É tudo "o contrário". Sim. " Ao contrário" seria se estivesse do lado certo.
Confesso.
Meu lado é o lado... Ah deixa pra lá.
Devaneios:
A palavra deve ser o vômito daquilo que o peito não aguenta guardar.
Deve vir consequênte, não como causa. Deve ser produto, não matéria-prima.
É preciso sentir... sentir... sentir... e depois sim escrever "eu sinto".
É preciso usá-las com responsabilidade.
Palavra não é PALAVRÃO.
Por isso resolvi codificar... Formular o meu alfabeto... Minha rima...
Rascunho... texto... risco... e sentimento.
E por isso digo original,virgem e emblemático:


!!!!   Estou tônico  !!!!

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