segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Calejado.


Calejado!
De tanto sarar...
De tanto curar o que de mim machuca,
O que em mim machucam,
Crio bolhas sem regresso.
Convexo de calos e cicatrizes que de
mim apagam.
Marcam e somem.
Arde a pele, carne viva já putrefada.
Já fatigada de tanto remediar.
Peste infeliz.
Caleja e aleja meus impulsos.
Sinto-me aos fardos escorar em teu gelo,
Na frieza que meu fogo tanto se admite.
Na sina atroz que tanto tento curar.
Calejado de calar...
Alejado de dizeres...

4 comentários:

  1. é estranho se sentir assim, né? belo poema... abraço!

    ResponderExcluir
  2. Q Bonito isso, rapaz!! Tão melancólico e dolorido!!! Você tem uma alma velha, meu amigo. Uma alma de tantos outros!

    ResponderExcluir
  3. Obrigado Fabim...
    Quem dera eu ter essa alma
    velha. Ainda falta calejar um cadinho de coisas..
    heheh

    ResponderExcluir