domingo, 8 de abril de 2012

Tônico

E me pego na beira do mundo
entre o engasgo da saudade e o açoite do adeus
Quando o choro pouco sangra e a vontade em vão se ergue
Que venha a calmaria! Que venha o perdão! Que venha a agonia!
Agonia de amar
Desse amor ladrão.
Bandido.
Capaz de traumatizar o culpado inocente.
Que venha roubar os lábios doídos, o corpo cansado e o peito ofegante
Vem, desgraçado amor!
Derruba as arestas, afoga o passado e fica nú sobre mim.
Veste-me! Acalma-me! Ajuda-me!
Amor moribundo e sozinho.
Que tua peste me mate contigo! Que leve o que não é de ti.
E que da cura só me reste essa veia pulsando.
De um coração falecido.
Que venha tônico, tônico e lindo.
Aurora, sol, sorriso, suor, verdade
Vem amor, vem amor, vem amor...



Gosto mais do mundo quando  posso olhar pra ele com você.




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