Assim sorrateiro, sem pouco me enraizar.
De viés, solto na roda, no vinho, na verdade.
Escrevo em perversão de mim mesmo.
Daquilo que me exorciza quando cuspo no papel,
da boca, o rito meu.
Daquilo que me santifica quando rasgo o rascunho,
do texto, na boca que só eu beijei.
Um ritual só meu, de torpor e loucura.
Um sacerdócio de pura poesia que enxergo só
e exerço a dois:
Entre o eu cego e aquele já mal visto.
Escrevo em transe.
No trânsito vazio dentre as ruas do meu peito.